sábado, 28 de fevereiro de 2009

Milk - A Voz da Igualdade



Esse último trabalho de Gus Van Sant realmente me agradou muito. Ele retrata muito bem a luta do ativista Harvey Milk pelos direitos dos homossexuais sem deixar de lado a vida pessoal, os sentimentos e motivações do protagonista.

A luta de Harvey começa em 1970, quando ele faz 40 anos e percebe que nada fez do que possa se orgulhar. Ele inicia então um movimento gay em São Francisco para mostrar a força desse grupo. Ele briga pelos direitos dos homossexuais e contra o preconceito. Não é uma luta fácil, mas Harvey passa a dedicar sua vida a esse movimento, se desgastando emocionalmente pelas constantes derrotas ao tentar obter um cargo público, perdendo o homem que ama e colocando em risco a sua vida.

Mickey Rourke que me desculpe (até então eu achava que era ele quem merecia o Oscar), mas Sean Penn está brilhante. Ele extravaza emoção, força e coragem. Sofremos e comemoramos junto com ele cada derrota ou vitória conseguida. Seus inflados discursos sobre igualdade dos homens e apoio às minorias soam tão verdadeiros, que seria impossível não aderir à causa.

Gus Van Sant ainda insere ao longo do filme algumas imagens reais do conflito entre Milk e preconceituosos líderes religiosos, dando ainda mais veracidade à história e nos aproximando mais do universo de Milk, o que é essencial para o sucesso do filme. A fotografia bastante realista também contribui para isso.

Gus Van Sant fez um bom trabalho (embora ainda não supere o maravilhoso Elefante), ainda que ele não resista a uma ou outra ceninha hollywoodiana. Não se pode dizer que ele fez algo super original, mas certamente é um filme que emociona, com um bom roteiro, boa fluidez e um tema nunca desgastado.

Nota 10!!

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