quarta-feira, 31 de outubro de 2007
Mostra CineBH
Tem início hoje a Mostra CineBH, na praça do charmoso bairro Santa Tereza de BH ...
Não percam!!
http://www.cinebh.com.br/
De quebra, uma fotinha de Santa Tereza...
Festival de Cinema de Roma
Também foi premiado Into The Wild, de Sean Penn.
O Segredo de Berlim
Apesar do elenco de peso (Cate Blanchett e George Clooney), este filme de Steven Soderbergh saiu direto nas locadoras no Brasil. Trata-se de um bom filme, mas com pretensão de ser um filme ‘cult’, foi rodado em preto e branco e foram utilizados recursos técnicos dos anos 40. Com certeza isso não atrairia um grande público para as salas de cinema, a não ser que se tratasse de um filme muitíssimo bom.
A história de suspense se passa em Berlim, no período após a Segunda Guerra Mundial (mais um filme sobre a Segunda Guerra Mundial...) .Um jornalista correspondente do exército americano (Clooney) vai à Berlim fazer a cobertura da reunião da alta cúpula dos Aliados e procurar uma antiga namorada (Blanchett), e acaba se envolvendo numa intriga.
O filme apresenta uma bela fotografia. A atuação de George Clooney deixa a desejar, enquanto Cate Blanchet, em ótima fase de sua carreira, se sai muito bem no papel de mulher misteriosa.
Nota 7
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Um Crime de Mestre
Anthony Hopkins interpreta um homem frio que mata sua esposa ao descobrir que ela tem um amante. A princípio ele assume a culpa, mas depois alega inocência, fazendo com que o promotor (Gosling), que estava prestes a entrar para um importante escritório de advocacia, prove sua culpa.
A trama é até interessante, o filme consegue criar um suspense que nos envolve, mas é pouco. Nos parece que o marido traído estava tentando mais se vingar do promotor do que da mulher e seu amante... Além disso, o final é previsível, e o envolvimento do jovem promotor com sua futura chefe é bastante forçado e desconectado. Também há várias cenas “sobrando” nesse filme, como as do promotor no hospital, fazendo com que a gente queira que o filme vá logo ao que interessa. As boas atuações dos dois atores não salvam o filme.
Nota 6
Youth Without Youth
O filme é um projeto mais independente de Coppola, no qual ele trabalhou com baixo orçamento e teve mais liberadade artística. Nele, o diretor toca em temas relacionados à idade, passado e história.
Quanto às críticas, Coppola alega que quando um artista explora novos conceitos, as pessoas precisam de tempo para se familiarizar com o filme.
Será? Como já disse o cineasta Jean-Claude Carrière: no cinema, é agora ou nunca.
domingo, 21 de outubro de 2007
Piaf - Um Hino ao Amor
Piaf viveu a vida intensamente, entregue à música, à bebida e ao sofrimento causado pelas perdas da filha e do seu grande amor, além dos problemas de saúde. Em uma cena do filme, Edith Piaf apresenta uma aparência de idosa, provocando espanto na platéia quando revela que possui apenas 44 anos.
O filma intercala diversas fases da vida da cantora, o que o torna mais interessante, embora acabe não deixando muito claro os problemas de saúde que tanto a afligiam e, assim como ocorre em Ray, a ânsia de representar fielmente a realidade, acaba tornando o filme bastante convencional.
Marion Catillard interpreta Edith Piaf de forma brilhante. Não é àtoa que, antes mesmo de ser indicada, já está sendo considerada favorita ao Oscar de melhor atriz. Seu talento aliado ao ótimo trabalho de maquiagem retrata muito bem as tranformações de Piaf em sua vida adulta.
O filme emociona pela intensidade com que retrata Edith Piaf descobrindo a sua voz, o sucesso, o amor, o sofrimento e a dor. Todos esses aspectos se refletem em sua música e sua belíssima interpretação nos palcos, que, assim como no filme, consegue deixar a platéia extasiada.
Nota 8
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
Mostra de São Paulo
Detalhes: http://www2.uol.com.br/mostra/31/p_home.shtml
Um dia eu ainda vou fazer minhas férias coincidirem com a mostra... hehehe
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Homem Aranha 3
Filmes em DVD
Enfim... aí vão os comentários dos filmes que assisti em dvd no último final de semana...
Bobby
Filme com muitas estrelas e pouco conteúdo. Muitas subtramas que se desenrolam num ritmo muito lento e aborrecido, não dando aos atores chance de desenvolverem bem o personagem. Nem mesmo o momento final do filme consegue criar tensão suficiente para um desfecho condizente com a tragédia. O filme toca em questões sociais importantes, mas na maior parte do tempo força a barra para exaltar o patriotismo americano e seus heróis.
Nota 4
Lady Vingança
Terceiro filme da trilogia do diretor coreano Park Chan-Wook, da qual fazem parte Mr. Vingança e o elogiado Old Boy.
Trata-se de uma impecável produção artística com forte preocupação estética, resultando em cenas belíssimas. Assim como Old Boy, Lady Vingança é um filme intenso, com cenas chocantes, e que vai se revelando aos poucos. Ótima atuação da atriz Lee Yeong-Ae, mas o roteiro ainda perde para o de Old Boy.
Nota 7
domingo, 14 de outubro de 2007
Tropa de Elite
Que sorte a minha poder estrear este blog fazendo comentários sobre um filme nota 10: Tropa de Elite.
Estréia do filme em BH, sala completamente lotada, sendo que boa parte da platéia já havia assitido à cópia pirata. Realmente um fenômeno. De fato, o filme faz jus a todo o bochicho em torno dele.
O filme retrata a corrupção dos policiais da PM, que com a desculpa dos baixos salários, presta seviços a particulares em troca de dinheiro; e isso ocorre em todos os níveis da hierarquia da instituição. De que adianta então, enviar policiais às favelas, se o que eles vão fazer, é negociar propina com os traficantes? Aí entra a tropa de elite, formada de policias não corruptos, muito bem treinados para a guerra nas favelas, e cujo objetivo principal é combater o tráfico, não importando quantos terão que matar para isso. Em certa cena do filme, o policial Nascimento (brilhante interpretação de Wagner Moura), chefe do BOPE, diz que para fazer parte deste grupo não se pode sentir remorsos, e quando ele mesmo percebe que já não é capaz disso, inicia um processo de busca por um substituto.
Não há bandidos e mocinhos no filme. Embora tendemos a torcer pelo BOPE, não podemos nos esquecer dos seus métodos brutais para obter informações, que certamente inocentes também morrem em suas mãos, e que violência gera violência. Mas não será o BOPE uma mal necessário diante de uma situação que parece sem solução e com a qual convivemos há tantos anos?
O filme também critica a burguesia, que consome drogas e financia o tráfico, começando pelos universitários. Esse é o tipo de filme que nos leva a diversas reflexões.
A narrativa em primeira pessoa do filme é bastante poderosa. As cenas são muito boas, os diálogos são excelentes, os atores estão ótimos, e a trilha sonora acompanha bem o ritmo do filme. Orgulho de ser uma produção brasileira.
Já saí do cinema com vontade de assisti-lo novamente.
Nota 10!!