sábado, 28 de junho de 2008

Em DVD

O Gângster

Baseado em uma história real, esse filme do diretor Ridley Scott não apenas traça o perfil e a trajetória de um gângster americano que faz fortuna traficando heroína do Vietnã na época da guerra, mas também expõe toda uma rede de corrupção na polícia e no exército americanos, que se beneficiavam ao extorquir dinheiro do traficante. Com ótimas atuações, um roteiro sólido e envolvente e um final que não decepciona, temos o melhor filme policial desde Os Infiltrados.

Nota 9/10


Across the Universe

Esse filme conta com muitas coisas a seu favor: um bom elenco, um bom romance, consciência política, o nascimento do movimento hippie nos Estados Unidos, muita arte e uma trilha sonora que dispensa comentários. Qual o problema então? A falta de equilíbrio entre esses elementos. Os atores estão bem, mas em muitos casos soa muito falsa a cantoria. Em algumas cenas as coreografias são pertinentes ao tema e muito bem realizadas, enquanto em outras parecem completamente sem sentido, e ainda quebram o ritmo do filme. A direção de arte em muitos casos exagera. Ora a história te envolve, ora te dá sono. Na média, um bom filme.

Nota 7/10

quarta-feira, 18 de junho de 2008

O Incrível Hulk



É, dá pra perceber que o novo Hulk está bem melhor que o anterior, mas mesmo assim... ainda dá pra melhorar bastante.


Dessa vez, Bruce Banner está escondido numa favela do Rio de Janeiro enquanto tenta descobrir, com ajuda do Dr. Azul, a cura para o mal que o transforma em um monstro verde toda vez que fica muito estressado. Quando ele é descoberto, as autoridades militares dos EUA invadem a favela à sua procura. Bruce escapa novamente e volta aos EUA, com objetivo de testar um antídoto desenvolvido pelo Dr. Azul que eliminaria a radiação de seu corpo. Além de ter que lutar contra o general Ross, que quer transformar seus poderes em arma, Bruce ainda tem que enfrentar o Abominável (Tim Roth), um combatente do exército que contamina o próprio corpo para adquirir poderes parecidos com os dele.


A primeira parte do filme, rodada na favela da Rocinha, com certeza é a pior. As cenas são previsíveis, clichês, mal feitas (salvo as imagens da favela, que ficaram ótimas) e nada convincentes. Exemplo: na fábrica onde trabalha, Bruce acaba se envolvendo em uma briga com marginais para proteger uma linda funcionária que eles estavam ameaçando. Os atores são péssimos e os personagens totalmente caricatos. Depois vem a cena dos agentes americanos invadindo a Rocinha atrás de Bruce. Mas como?? Como eles conseguiram subir o morro a bel prazer e ainda se virar tão bem por lá, como se conhecessem aquele emaranhado de casas e becos como a palma da mão? Será que estou querendo realidade demais para um filme de super-herói? Talvez... mas o fato é que essa primeira parte do filme acaba não convencendo, e se não convence, como posso apreciar? Também não entendi o retorno fácil do herói para os EUA, uma vez que ele é perseguido e vigiado por todo o setor de inteligência americana.


A história melhora quando Bruce vai, com ajuda da sua amada Betty Ross (Liv Tyler), ao encontro do Sr. Azul. As cenas aí se tornam mais interessantes e mais encadeadas, gerando uma boa seqüência de ação no terceiro ato.


Não posso deixar de ressaltar o mérito da atuação de Edward Norton e Tim Roth. O primeiro consegue caracterizar muito bem o protagonista da história, deixando claro o quanto aqueles poderes lhe fazem mal. Chega a ser comovente o período de depressão pelo qual ele passa quando retorna à condição de humano, depois de agir como monstro. Tim Roth, mesmo não tendo tempo na trama para desenvolver seu personagem, se sai muito bem com uma interpretação intensa o necessário para compreendermos sua ambição por força e poder.


Em filmes de super-heróis os efeitos especiais são quase sempre um show à parte, e Hulk não fica atrás. O próprio Hulk ficou muito real na telona. Quando mais calmo, ele reproduz os gestos e expressões de Bruce, o que diminui o distanciamento entre os dois, ficando mais fácil acreditar que eles são apenas um.


Outra coisa legal no filme é a interface com outras histórias da Marvel, especialmente com o Homem de Ferro, com direito a ponta de Tony Stark e a promessa implícita de um filme com vários heróis da Marvel.


Mas o enredo deixa a desejar. A história não é muito criativa e nem muito interessante. Não oferece surpresas. De qualquer forma, esse Hulk já evoluiu bastante em relação ao de 2003, e eu fico na torcida de que o próximo possa merecer uma nota melhor.

Nota 6/10.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

De volta a ativa

Os compromissos de final de semestre da faculdade acabaram me afastando das postagens aqui por quase dois meses... uma pena. Mas estou de volta, e no próximo semestre vou tentar ficar mais esperta pra não deixar as coisas tumultuarem.

De qualquer forma, vou fazer apanhado geral daquilo que assisti neste período em que estive ausente.

No cinema, assisti a Homem de Ferro e Antes que o Diabo Saiba que Você está Morto. Dois estilos bem diferentes, e os dois merecem uma nota 8, embora eu tenha gostado mais do segundo, já que o gênero me agrada mais.

Em DVD tive muitas decepções, provocadas por filmes como Leões e Cordeiros, Bubble, Coisas que Perdemos pelo Caminho, A Bússula de Ouro e Amor e Outros Desastres. Não sei qual é o pior.

Já os filmes nacionais a que assisti não me desagradaram, mas também não são láaaa essas coisas. São eles: Cão sem Dono, Sem Controle e É Proibido Proibir.

O único que eu gostei bastante foi o francês Propriedade Privada. A Espiã eu achei legalzinho, e os outros foram bem medianos: Stardust, O Vigarista do Ano e Medo da Verdade.

Quanto à Cannes, eu não vejo a hora dos filmes exibidos lá chegarem por aqui, mas sei que vai isso demorar... pelo menos os dois brasileiros (Cegueira e Linha de Passe) a gente ainda consegue ver esse ano. Tomara!! Achei o máximo a premiação da Sandra Corveloni.

Até mais!!